Sigo, Singro, Sinto.

Talvez o meu otimismo
Seja uma franqueza
No olhar dos fatalistas eunucos,
Melhor assim,  sigo errante e sem desejo de cura.

Minha canção de Exílio.

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá"

Gonçalves Dias - Canção de Exílio.


Poema completo: http://www.horizonte.unam.mx/brasil/gdias.html

Minha terra tem conflitos
Que tentamos camuflar
Tem  miséria, racismo e  injustiça social
Que alguns acreditam que seja natural
Ou ficam inertes  pelo canto de um belo sabiá

Quantos bosques diminuídos,
Quantos mares poluídos e
Quantos povos oprimidos
Para esse tal de progresso chegar?

Não permita Deus que eu morra,
Sem contribuir para essa realidade  mudar,
Sem que todos desfrutem dos primores
Que poucos encontram por cá,
Minha terra tem clamores que precisamos escutar.

Culpado.

A poesia no papel é
Apenas a prova de um  réu,
Um pobre poeta que cometeu o crime passional,
No qual sempre terá o nosso perdão judicial.

Paradigma.

Pare!
e diga-me...
Qual é o alicerce
que sustenta sua vida?

Só.

São só palavras?
Ou são dedos apontando para o céu, cometas e a lua?
Uma lupa observando o trabalho minucioso das formigas.
É carne, vereda e vida.