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domingo, 23 de dezembro de 2012

Metade Marguerita e Metade Atum.


             Para Larissa Caetano.
                                             
Um dia ele se percebeu diferente, algo deveria ter acontecido, pois subitamente já não sentia desconectado do mundo, muito pelo contrário, havia redescoberto a beleza nas minucias que um dia poderia conter, a poesia  reapareceu em sua vida com torrentes de versos que surgiam em momentos inoportunos como em baixo do chuveiro.

Ao enveredar pelos caminhos do amor percebeu um significado mais pleno para a palavra riqueza, no qual a carta redigida a mãe pela a amante mostra-se com um valor único e por que não dizer, inestimável como algumas obras de arte, de modo que, aprendeu a traduzir seu intimo para o outro, dividir seus gostos e corpo tudo em nome de algo que ainda não consegue perceber as dimensões e quer saber? Pouco importa.
Ou seja, optou por desarme-se diante da vida e rir de frases e brincadeiras que só fazem sentido a dois. 
Desse modo, já não se importa de ouvir uma história repetida do amado, pois faz perguntas como se ouvisse pela primeira vez.
Decidiu passar aos poucos e porque não dizer raros momentos livres ao lado dessa pessoa que as vezes o deixa por agir de um jeito irracional.
Escolheu por deixar de pensar somente no próprio umbigo e gradualmente enxergar um par nos lugares a princípio bem improváveis.
Descobriu que poderia conversa com parceiro sobre tudo, isto é, desde problemas da sociedade, futebol e até mesmo qual é a melhor marca de papel higiênico diante dos parcos recursos da vida de universitários.
Assim, começou a apreender a vida com quatro olhos, braços e pernas, porém com único coração.

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