Legado

minha poesia é o meu artesanato,
meu legado para o mundo,
Um respeito pelo sagrado
magia transmitida pelo olhar cálido

É flecha, arqueiro e alvo.
tudo junto e misturado.
É dar sentido, cor e brilho
para aquele negócio pequenininho
chamado imensurável.

http://oshoart.com/EngGallery/

Be-a-Ba da vida.

Alfabetize seu coração,
Com as palavras que geralmente se perdem
pelo percussos de um cotidiano agitado,
amor, carinho, coragem e paciência entre outras
sejam rainhas soberanas dos nossos olhares...

A mulher que eu amo.

Para a Lari.

O teu abraço é o meu refúgio no precipício ou no dilúvio
No mergulho ou quando preciso desaguar.
E no meio do barulho você se torna um sussurro,
Um acalanto, sem pestanejar.
Seu sorriso é minha bussola no qual indica
os limites das minhas carícias.
O meu amor cresceu na insegurança necessária,
e no respeito de não querer dominar o outro.
Mas hoje eu te asseguro,
Foi com você que aprendi amar alguém.

Cirúrgico.

Posterguei, e não decide.
Sofri, ralei e no meu próprio tempo percebi.
Que todo o mal deve ser cortado sempre pela raiz.

Voltem mais tarde.

Juntei, todos os sentimentos ruins

Que guardava no peito e,
Releguei ao vento que os levassem por um momento.
E só os devolvessem, quando eu estivesse forte
O suficiente para conseguir enfrentá-los.

Ubuntuzandos

Se eu sou o que nós somos,
Então teu cheiro já não é mais estranho.
Somos um em tudo e no todo, isto é,  nos erros e ganhos.
E nos conflitos nos agregamos.

Acolhemos o que não concordamos.
Somos o preciso, o técnico e o riso.
O profissional, o colega e o amigo.

Somos o olhar rico multidisciplinar
No qual cada história de vida, talento e postura
Venho para somar.

Se você é o que somos.
Então, relaxe e sorria:
Pois disso nos orgulhamos.

315- Columbia.

O que há por de trás?
Das boas intenções, da caridade e da ajuda?
Me diz, o que há por de trás  do eu te amo,tremulo e polissêmico?

O que há por detrás dos elogios constantes, da efetividade irritante
e da gana de ser o melhor sempre?
Me diz,  o que há por de trás das promessas de mudanças e do progresso caolho
que cria muito e divide tão pouco?

O que há por de trás do cotidiano corrido,
Da mulher que vende bala no sinal?
Me diz, que mundo estamos construindo quando
achamos tal cena natural...

Me diz....

Alho e Sal.

Para Larissa Caetano.

Nós temos nossos próprios códigos,
Que se tornaram indicífráveis para a lógica
Dos corações alheios.

Possuímos olhares certeiros no desejo
De nosso companheiro.
Aprendemos com o tempo quando pressionar, recuar
E quando se entregar por inteiro.

Hoje, percebemos que não somos metades
que se completam alijados de singularidade
e, com solidão e receio.

Somos como sabores e iguarias
Que se combinam na sua simplicidade e beleza
formando uma inteireza rara e gostosa
Semelhante a junção do alho e o sal.

Quais seriam as minhas  últimas palavras
se hoje eu me despedisse da vida?

Seriam elas cheias de amargura
devido a todos que machuquei?
em nome de coisas, pessoas, valores,
que hoje nem consigo me lembrar mais

Seriam palavras de ordem e autoritárias?
De quem nunca abriu a guarda e sempre esteve
certo, perfeito, correto, porém sozinho.

Seriam palavras inflamadas de amor pela vida?
de quem amou as pessoas do mesmo modo que
os biólogos sentem tensão pela natureza e que
há todo momento se deslumbrava com as inúmeras possibilidades
e pelo desejo de uma nova sociedade...

Ontem .

Escuta a chuva que cai,
Pois nela reside e insiste
uma canção esquecida.

Sem demagogia.

Neutro só se for sabão ou detergente,
A gente assume uma postura,
Mesmo que seja a de indiferente.

Aquela que contém espinhos.

Tão vazia,
Que enchia o tempo todo a sua rotina
Para retirar do alcance da retina,
aquela incomoda e constante solidão.

Itinerário.Araçatuba- Londrina.

Paraná-Fraseando Leminski,
Bashô em mim,
Aquele espírito rebelde,
De querer maximar o ínfimo. 

Poeta Paulo Leminski

Bashô, poeta japonês que influenciou Leminski entre outros.

Sigo, Singro, Sinto.

Talvez o meu otimismo
Seja uma franqueza
No olhar dos fatalistas eunucos,
Melhor assim,  sigo errante e sem desejo de cura.

Minha canção de Exílio.

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá"

Gonçalves Dias - Canção de Exílio.


Poema completo: http://www.horizonte.unam.mx/brasil/gdias.html

Minha terra tem conflitos
Que tentamos camuflar
Tem  miséria, racismo e  injustiça social
Que alguns acreditam que seja natural
Ou ficam inertes  pelo canto de um belo sabiá

Quantos bosques diminuídos,
Quantos mares poluídos e
Quantos povos oprimidos
Para esse tal de progresso chegar?

Não permita Deus que eu morra,
Sem contribuir para essa realidade  mudar,
Sem que todos desfrutem dos primores
Que poucos encontram por cá,
Minha terra tem clamores que precisamos escutar.

Culpado.

A poesia no papel é
Apenas a prova de um  réu,
Um pobre poeta que cometeu o crime passional,
No qual sempre terá o nosso perdão judicial.

Paradigma.

Pare!
e diga-me...
Qual é o alicerce
que sustenta sua vida?

Só.

São só palavras?
Ou são dedos apontando para o céu, cometas e a lua?
Uma lupa observando o trabalho minucioso das formigas.
É carne, vereda e vida.

Arte é risco.

Que perigo,
A minha maior obra ser fruto
De poemas que nunca foram escritos.

Lá.

Por causa dessa bela preta,
fiz a minha mais complacente vereda
em direção de um profundo amor.

O resto é silêncio e sabor...

Lavrando a vida.

Aprendi a colher o dia,
E mesmo que apareça algo estragado,
Farei uma saborosa ambrosia.

Gestação.

Às vezes a inspiração aparece acenando distante,

E subitamente ela vai embora,

Sem a padecer, esperamos, pois sabemos

Que essa impetuosa tem sua própria hora. 

Só.

Ultimamente,
A única coisa que pretendo provar
É o sabor suave da auto- aceitação

Baião de Dois

Sua respiração
Torna-se uma bela trilha sonora
Seus suspiros, minha aurora
Nossos segredos, íntimos terrenos
Nosso amor é fruto do tempo.

Hoje

Renasce em mim,
A vontade de ser
Quem eu sempre quis.

Cético

Para Victor Hugo (Bigode), meu amigo ateu predileto.

Sou ateu,
Minhas orações são sempre
Sem sujeito.

Oração.

De coração aberto.
Assim, como quem deixa o medo descoberto.
O que vier hoje eu acolho ou conserto,

Mesmo sem relógio,
Eu desperto,
Fazei da minha rotina
Um próspero dia incerto.

OSHO.
 

Balé in the air.

As folhas caem,
Dançantes com suas rodopiantes,
Coreografias naturais.

Acalanto.

Para Larissa Caetano.

Um beijo a beira mar
Para a gente se lembrar,
Pra sempre.

Um beijo a beira mar,
Para nos lembrar
De todas as renúncias
Que nos fizeram acreditar
Que tudo valeu a pena, o risco e a cena.

Um beijo a beira mar com a
Brisa a sussurrar um melodia
Que nos acalanta.

Um beijo a beira a mar,
De quem escolheu fazer do hoje
Seu único altar.

Virando a página.

Força mãe-mulher
Acredita na firmeza
Em cada um do seus pés,
Descubra a guerreira
que dentro de ti habita
E que nada abala a tua fé,
Coragem para fazer e deixar para atrás
Tudo que for contra aquilo
Que de fato és.

Ofício.

As vezes me sinto como um artesão,
Que possuí uma mão calejada e uma postura paciente,
Diante de seu ofício, pois já aprendeu a dificuldade que
Consiste lidar com uma matéria prima tão rica e complexa
Chamada linguagem.

Amigo.

No meio de um tempestade,
As pessoas que amamos,
Tornam-se acolhedores,
Como uma pequena cidade.

About the life.

I guess,
Some people confuse say the true
With kick d our ass

Luzes e Laços.

O sol se põe em reverência
a uma esfera nua que tacitamente se aproxima,
E fala bem baixinho, pode vir amiga minha,
Pois a responsabilidade de iluminar essa parte
Do mundo já não é mais minha.

Desapego

O hoje é a minha única herança,
Pois o resto são apenas doses
Homeopáticas de um doce e antigo
Veneno chamado esperança.

Reticências

O que nos resta a fazer
Quando o silêncio diz tudo?

O jeito é apreender a beleza

em ficarmos mudos.

Filo

Profundo, raro e precioso.
Seria o petróleo?
Não, eis os atributos
de um verdadeiro amigo.